De todas as prendinhas recebidas no dia 18, devo dizer que a que mais gostei veio num envelope com um recheio bastante apelativo, acompanhado da frase: "É para comprares o que quiseres". Melhor impossível! É que efectivamente, veio em excelente altura porque andava há já algum tempo a cobiçar certos objectos, os quais teimo em designar de fúteis e caros, e que portanto sem um incentivo extra dificilmente os podia comprar.
Por exemplo, numa das formações pude testemunhar de perto o que uma batedeira kenwood é capaz de fazer, e posso afirmar que com uma destas cá em casa iam acontecer verdadeiras proezas culinárias. Oh se iam! O problema... hm... o problema é que é cara como o raio! A mais "fraquinha" custa 199€. Lá está: fútil e cara! Porque afinal, que é que precisa de uma batedeira tão cara?! Ninguém pois tá claro, mas fazia cá um jeito!
Outro objecto cobiçado aqui pela menina é uma máquina fotográfica, uma qualquer, de uma marca qualquer, com uma cor qualquer, desde que seja relativamente boa. No entanto, apesar de eu dizer que me faz falta que isto e que aquilo, tenho a certeza que ao fim da primeira semana, depois de a explorar convenientemente, arrumava a dita e só lhe voltava a pegar umas 4 vezes por ano, em média. Portanto, é mais um objecto que se insere na categoria fútil e caro.
E por último, ando a cobiçar há muitooo tempo um relógio. Quando digo há muito tempo, quero dizer à cerca de um ano, ou mais. E podem até dizer que um relógio não é um objecto que se possa inserir na categoria fútil, mas eu discordo. Para mim, um relógio não é um simples objecto que me indica as horas, mas antes um acessório. Logo, um acessório caro é uma coisa fútil. Hmpf!
Posto isto, devo dizer que não foi nada fácil escolher um destes objectos. A discussão entre o Tico e a Teca foi dura. o Teco argumentava que fútil por fútil mais valia comprar a máquina fotográfica que ao menos podia vir a ser bastante útil, ao que a teca contra-argumentava que a batedeira era capaz de ser mais utilizada que a máquina fotográfica e, consequentemente mais útil... Não chegavam a um consenso e por isso, aqui a menina decidiu acabar com a discussão. Nenhum ganhava. Nenhum perdia. Aqui a menina é que ia perder a cabeça e comprar o relógio. Ponto.
O relógio cobiçado há já muito tempo era o
The One. Nem sou muito de coisas ostensivas , mas achava mesmo piada ao relógio. O único problema é que o relógio virou moda. Muita gente o tem e eu, eu aqui confesso que às vezes teimo que sou diferente. Enfim, é uma mania como outra qualquer! Não ia gostar muito simplesmente de me ver com o mesmo relógio que uma boa parte da população feminina portuguesa tem, nem que fosse uma imitação do dito. Por isso, quando decidi que já não queria aquele e que ia ter que encontrar outro, já sabia que o processo ia ser doloroso e longo. Dito e feito. Corri todas as relojoarias, ourivesarias e coisas do género , ao ponto de já nem saber muito bem que tipo de relógio queria. Depois lá encontrei novamente o foco. Queria uma coisa simples e elegante, e por isso respirei fundo e pedi para experimentar alguns exemplares que achei dignos da minha difícil pessoa.
A primeira escolha foi um Dolce&Gabana que estava dentro do orçamento mas que me ia deixar com apenas 1cêntimo de troco, e por isso reconsiderei. Mais uma volta pela loja e morri de amores por um Calvin Klein que me deixava mais que um mero cêntimo de troco. Mas, não sei porquê, mesmo adorando o relógio resolvi dar outra volta pela loja e foi então que o vi. Um The One, giro, simples e elegante, que nunca tinha visto no pulso de ninguém, e que custava menos de 100€. Perfeito. Experimentei e a escolha foi óbvia...!
Sobraram-me portanto uns belos euros com os quais , se calhar, vou comprar uma máquina fotográfica. A kenwood terá que ficar para outros carnavais, com muita pena minha. A não ser que... Bem, adoro receber presentes! Estejam à vontade! Minha morada é... Risota!